
Abordagem
A contemporaneidade ressalta a importância dos afetos na qualidade de vida. A vida emocional e a identidade é a base do bem-estar. As minhas áreas de interesse particular são a resiliência (capacidade de recuperação) e trauma no geral.
Sintomatologia
As emoções e os pensamentos condicionam os estados de alma que adquirem um ritmo e uma lógica próprias. A pressão quotidiana, o excesso de informação, os conflitos e as fases de vida podem causar crises agudas ou condições crónicas nalguns indivíduos, e revelam-se em sintomas, tais como sensibilidade extrema, dúvidas e inibição crónicas, comportamentos agressivos, depressivos, manias e outras perturbações que dominam a personalidade consciente, diminuindo ou eliminando a capacidade de decisão consciente.
metodologia
O método analítico (C.G. Jung) é não diretivo, quer dizer, apesar de ter em conta as dificuldades do presente e se orientar nelas, acompanha o ritmo da maturação psíquica do indivíduo. O processo caracteriza-se pelo alargamento do auto-conhecimento que acontece no diálogo da relação terapêutica. A lembrança de detalhes esquecidos deve levar ao reequacionamento das crenças dominantes impeditivas da execução de escolhas significativas.
O psicoterapeuta está consciente e é responsável pelo que lhe é confiado, assim como pelo cuidado e a atenção dirigidas ao seu paciente de modo a facilitar neste a tomada de consciência que possibilitará a atenuação e a ultrapassagem das dificuldades presentes. Em termos gerais o analista devolve a capacidade de reconciliação consigo mesmo e com o mundo.
Segundo as pesquisas atuais sobre o cérebro sabe-se que este evolui para além do apogeu físico e a sua plasticidade mantém-se até ao final da vida. As descobertas recentes sobre o funcionamento do sistema nervoso mostram que na era digital, a atividade mental é cada vez mais intensa, dominante e acelerada e, mais do que nunca, a psicoterapia lembra aos utentes a necessidade de equilibrar o uso das atividades do ser humano, tanto as mentais como as físicas e espirituais. A psique é parte do corpo e o conjunto forma a unidade do Ser. O corpo é portador e descodificador de trauma(s), que não raro acumula em si memórias e males nem sempre visíveis, nem sempre conhecidos.
Nas sessões abordamos a vida existencial e relacional. O paciente refletirá na sua auto-narrativa. Para uma compreensão abrangente do que o preocupa uso métodos como a exploração de sonhos, técnicas expressivas e ainda imaginação ativa e criativa. O conhecimentos de contos de fadas, alquimia, mitologia e lendas, podem ser por analogia ou representação e reflexão usados na exploração do inconsciente do paciente e da sua realidade arquetípica. O paciente é incentivado a explorar a expressão da sua criatividade em vários domínios, orais, escritos e/ou plásticos, em atos descritivos, reflexivos e criativos, sempre autênticos.
condição sine qua non
A intenção de fazer algo benéfico para si (seja porque razão) deve ser a razão que o/a leva procurar apoio.
O percurso terapêutico raramente é linear. Ele é a via pelo qual se pode evoluir na conquista de um novo equilíbrio, qual fruto de um crescimento desimpedido.
IAAP - International Association of Analytical Psychology
ISAPZURICH - International School of Analytical Psychology Zurich